sábado, 27 de novembro de 2010

Limpar a bunda com plástico!!


É certo que atualmente, não basta simplesmente possuir um celular, mas sim ter um que, além de ter rádio, execute mp3, tenha uma boa câmera, TV e tudo mais.....
Isso nos remete a relacionar que no mundo consumista em que vivemos, temos que possuir e para tal, devemos trabalhar e conseguir mais e mais, porque nunca estamos satisfeitos com o que temos, ou pelo menos o sistema nos leva a crer nisso.....
Acreditamos as vezes que o simples fato de tentar redistribuir a renda, nos leve a uma solução da desigualdade no meio em que estamos. Isso não basta. Não basta querer igualdade, pelo fato de achar que redistribuindo, se altera todo o contexto de vida de algumas pessoas.....
Raciocine agora, se do nada, dessem a pessoas que não tem nenhuma noção de empreendedorismo, uma determinada renda, ou um pedaço de terra que seja, o que os mesmos fariam, sem noção nenhuma de o que fazer com este?....
Voltariam ao mesmo lugar em que estavam anteriormente com muita facilidade, já que dependendo de qual contexto fazem parte, poder não ter nenhuma noção de quase nada.....
Isso faz-nos lembrar do sistema de cotas, que ao tentar distribuir uma quantia de vagas a negros, esquece que os mesmos não tiveram igualdade nos primeiros onze anos de escolaridade e, que do ponto de vista geral são imprescindíveis para uma boa formação acadêmica dos mesmos. Esse não é o melhor modelo de inclusão, e sim uma forma de excluir, já que colocam juntas pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades e futuramente serão cobradas de maneira igual.....
Considerar marginal, quem não teve uma oportunidade e julgar suas ações pelo impulso é completamente ridículo, uma vez que nos encontramos em meio a tantas falcatruas que “companheiros de terno” nos fazem engolir, sem ao menos poder fazer nada, vemos que as diferenças são na sua totalidade iguais, e só dependem do ponto de vista em que são analisadas.....
Qual a diferença entre um marginal que rouba no sinal e mata por um par de tênis e, de um parlamentar, que desvia verba que seria pra construir um hospital e salvar vidas? Nenhuma! ....
Infelizmente não podemos julgar por simplesmente achar que sabemos de que contexto aquele determinado “sujeito” faz parte. Como relata o sábio Gabriel, o pensador em “O resto do mundo”: ...um fracassado, mas não fui eu que fracassei, porque eu não pude tentar, então que culpa eu terei quando eu me revoltar, quebrar, queimar, matar, não tenho nada a perder, meu dia vai chegar, será é que vai chegar?..., percebemos que o problema é ainda mais grave, porque além de muitas vezes não percebermos, ainda assim julgamos e quando menos percebemos, acabamos excluindo porque achamos que essa é a melhor solução.....
 ............Às vezes as pessoas me levam a pensar que limpam a bunda com plástico: mudam a sujeira de lugar, mas infelizmente não a limpam.